Até o momento (junho de 2024), as diretrizes de 2025 para o manejo da hipertensão arterial ainda não foram publicadas pelas principais sociedades médicas (como AHA, ESC, SBH, etc.). No entanto, com base nas tendências recentes e atualizações esperadas, seguem os principais pontos que podem ser incluídos ou reforçados nas novas recomendações:


1. Novos Limites de Pressão Arterial (Possíveis Mudanças)

  • Hipertensão em estágio 1: Pode permanecer ≥130/80 mmHg (como na AHA 2017), mas com maior ênfase em estratificação de risco individual.

  • Meta para idosos: Discussão sobre se manter <130/80 mmHg para a maioria ou individualizar (ex.: <140/90 mmHg em frágeis).


2. Abordagem por Risco Cardiovascular Global

  • Uso de escores (ex.: ESC-SCORE 2) para definir intensidade do tratamento.

  • Hipertensão + Diabetes ou Doença Renal: Metas mais rigorosas (ex.: <130/80 mmHg).


3. Tratamento Não Farmacológico (Atualizações Esperadas)

  • Dieta:

    • Ênfase no padrão alimentar DASH ou mediterrâneo (não apenas redução de sal).

    • Restrição de ultraprocessados (associados a maior risco cardiovascular).

  • Exercício:

    • Treino de força tão importante quanto aeróbico (reduz resistência vascular).

    • Redução do tempo sedentário (intervalos de movimento a cada 30 minutos).


4. Tratamento Farmacológico (Novidades em Estudo)

  • Combinação precoce: Iniciar com 2 fármacos em baixa dose (ex.: IECA + tiazídico) para maioria dos casos, como já recomendado pela ESC 2023.

  • Novos medicamentos em pesquisa:

    • Inibidores de aminopeptidase A (ação central).

    • Terapias genéticas (em fase experimental).


5. Monitoramento e Tecnologia

  • Telemonitoramento: Uso de aparelhos digitais conectados para ajuste remoto de terapia.

  • Inteligência artificial: Algoritmos para prever descontrole e sugerir intervenções.


6. Grupos Especiais

  • Gestantes: Possível revisão de metas para pré-eclâmpsia.

  • Negros: Maior atenção a hidralazina + nitrato em casos resistentes.


7. Diagnóstico Avançado

  • MAPA (Monitorização Ambulatorial): Pode se tornar padrão-ouro para diagnóstico, reduzindo "efeito do avental branco".

  • Biomarcadores: Pesquisa sobre angiotensinogênio urinário para prever resposta a IECA/BRA.


Onde Verificar as Diretrizes Oficiais (Quando Lançadas)


Conclusão

Embora as diretrizes de 2025 ainda não estejam disponíveis, a tendência é:
✅ Personalização do tratamento (idade, comorbidades, risco).
✅ Combinação precoce de medicamentos.
✅ Foco em estilo de vida com suporte tecnológico.

Recomende aos pacientes: Manter hábitos saudáveis e acompanhar as atualizações com seu médico.

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